Escrever é sempre um desafio, enfrentar uma tela branca organizar as ideias e transcrevê-las de forma que fique coerente, no meu caso é um pouco mais complicado porque tendo a pensar nas complexidades das coisas e é bem difícil simplificar ao escrever, pois imagino que tem coisas que não deveriam ser simplificadas, não sei, parece que perde um pouco do valor da ideia e a torna uma sombra ou imitação, mas vamos lá, às vezes é preciso vencer a resistência inicial da inércia e começar a escrever. Agora, escrever sobre o quê? Diferente do que acomete muitos autores o problema atual é a abundância de temas interessantes e pertinentes que abarcam nosso cotidiano, temas grandiosos quanto os desdobramentos da operação Lava Jato, os debates das reformas, o atualíssimo debate no STF sobre como proceder com as prisões provenientes da 1ª instância, e isto para ficarmos apenas no cenário nacional sem considerar a perseguição homofóbica na Chechênia, atentados contra cristãos em algumas nações islâm
Sem dúvida que uma das forças motrizes da pesquisa em história é a curiosidade, normalmente proveniente de uma dúvida sobre algo que não foi explicado ou que não se encaixe, no entanto, em outros momentos é por puro prazer de aprender algo mais. Assim se justifica uma pesquisa sobre o bairro suburbano de Bangu, local próximo a minha história pessoal e de muitos que conheço. A imagem recente de Bangu é estigmatizada pelo complexo presidiário e suas acomodações, assim como os “ilustres” personagens que o habita. Na historiografia recente o bairro assume a responsabilidade de sediar a primeira partida de futebol no Brasil, talvez não de caráter oficial, mas foi ali que a bola rolou pela primeira vez, conduzida por operários ingleses, que após chegarem em 1891 imprimiram sua passagem com diferentes sinais culturais e arquitetônicos. No entanto, quais seriam os pontos de interseção da História do bairro com a história do país? Em qualquer livro didático de His